O Teatro de Bolso Procópio Ferreira foi reaberto nesta segunda-feira (27) pelo
prefeito Rafael Diniz para o Festival de Esquetes organizado pelo Sindicato dos
Artistas e Técnicos em Espetáculos do Estado do Rio de Janeiro (Sated-RJ) para
marcar o Dia Mundial do Teatro e do Circo. A reabertura do teatro faz
parte das comemorações pelos 182 anos de elevação de vila à categoria de cidade
de Campos, comemorado nesta terça-feira (28). Em abril de 1968, o então
prefeito Zezé Barbosa, avô de Rafael Diniz, inaugurava o Teatro de Bolso que,
no próximo mês, comemora 49 anos de existência.
O prefeito falou da alegria de poder
escrever mais esta página na história do teatro e de entregá-lo à classe
artística. “Estou muito feliz em viver esse momento porque, quando
criança, eu frequentei este teatro e, enquanto vereador, defendi que este espaço
fosse devolvido ao artista. É uma imensa satisfação poder reabri-lo e uma
feliz coincidência ter a oportunidade de reabrir o teatro que, lá atrás, foi
inaugurado pelo meu saudoso avô”, disse Rafael, que ressaltou a importância dos
profissionais que possibilitaram que o teatro fosse reaberto, como pintores,
pedreiros, equipe técnica e de limpeza, entre outros.
O Festival de Esquetes, realizado em
Campos, teve o apoio da prefeitura, através da Fundação Cultural Jornalista
Oswaldo Lima (FCJOL). Das 28 inscrições realizadas, 10 foram selecionadas. Além
de Campos, grupos de São João da Barra, Itaperuna, Laje do Muriaé participaram
do evento. “O festival faz parte de um movimento que começou por
volta de 1999 com artistas do interior. É uma iniciativa do presidente do
Sated-RJ, o ator e cineasta Jorge Coutinho, Esse festival é uma vitória do
interior”, disse o diretor do Sated-RJ, José Cisneiro, que afirma ver com bons
olhos a iniciativa de reabrir o teatro, onde já dirigiu montagens, como
Mémorias da Lua Cheia e O Auto do Ururau, entre outras.
Para a presidente da FCJOL, Cristina
Lima, foi uma noite especial para toda classe artística. Ao lado do
vice-presidente, Vinícius Soares, a presidente falou sobre a importância da
reabertura do teatro com o Festival de Esquetes “Essa noite tem uma grande
importância para os campistas e, principalmente, para a classe artística. É uma
demonstração clara do que queremos realizar e do que poderemos vir a fazer com
a colaboração de todos. Estamos abertos a ouvir projetos e sugestões”, disse
Cristina, após apresentar sua equipe.
O diretor do Teatro de Bolso, Fernando
Rossi, destacou que, entre os dias três a 28 de abril, o teatro estará
recebendo projetos e solicitações do espaço para ensaios. A programação do
teatro começa em maio. “A gente não veio para fazer figuração. Veio para ser
protagonista desta nova história. É um sonho realizado. Estávamos ansiosos por
esse momento em que a gente vê um novo horizonte”. Rossi leu um texto da atriz
Aucilene Freitas que fala sobre A arte de camaleão, onde faz uma analogia entre
a vida de ator e seu processo de constante mudança comparando-o à vida de um
camaleão.
Esquetes - As esquetes que se
apresentaram foram: “A Luz ou a Cena em Sombras”, de Livia Prado, da Cia de
Teatro “Dois no Ato”, de Campos; “Arnolfo e Inês”, de Silvano Mota, do Grupo
Multiplural Produções, de São João da Barra; “No Ponto de Ônibus”, de Adriano
Coelho, do Grupo Lagente, de Laje do Muriaé; “As Bruxas”, de Wesley Cabral, do
Expresso Grupo de Teatro; “Coisas de Estreia”, de João Martins, do Grupo Cia
Arte e Conflito, de Itaperuna; “Uma Família Campista”, de José Jailton,
do grupo Missões Urbanas; “Hamlet - Fragmento”, de Lucas Machado, da Cia
Arteiro de Teatro; e “O Homem Lobo”, de Whiverson Reis, do Grupo Dois Gêneros
de Teatro.
Receberam troféus os destaques como
Ambientação Sonora, Conjunto de Estética Cênica, Texto original, melhor atriz,
melhor ator e melhor diretor. Os vencedores receberam prêmios em dinheiro para
os três primeiros colocados: R$ 1.500,00 para o primeiro lugar; R$ 1.000,00
para o segundo e R$ 500,00 para o terceiro.
Fotos: César Ferreira / Rafael Peixoto